terça-feira, 21 de outubro de 2008

Uma aula de marketing político...


De dois em dois anos nos deparamos com um acontecimento nacional chamado ELEIÇÕES. Esse processo é onde nós, eleitores, escolhemos nossos chamados representantes para comandarem e gerirem nossas cidades, estados e nação.

As eleições, divididas entre Vereadores e Prefeitos e depois em Deputados, Senadores, Governadores e Presidente nos trazem às ruas centenas de mensagens sobre nossos candidatos falando um monte de blá-blá-blá, alguns até com certo sentido.

Cidades sujas de panfletos, cartazes, outdoor em todos os lugares públicos e nas grades de nossas casas. Uma poluição visual que conflita com todas as cotidianas mensagens publicitárias existentes.

Isso faz com que nós sejamos impactados com diversas mensagens diárias sobre projetos, falsas promessas, sorrisos de interesse e diversas outras coisas que, aliado ao nosso descrédito na política brasileira, se tornam dinheiro jogado fora.

É nesse buraco que nós, publicitários e marketeiros, entramos com nossa genialidade para transformar esses simples e mortais candidatos em verdadeiras potências da humanidade. A transformação do ser humano em produto e um trabalho de marca sensacional.

Alguns tentam fazer esse trabalho de forma agressiva, outros, de forma sábia. Sabemos que quem ganhou as últimas eleições presidenciais não foram os candidatos, mas seus marketeiros. Outros fazem campanhas com brilhantismo, o que acontece com a Campanha de Fernando Gabeira, candidato à prefeito da cidade do Rio de Janeiro.

Não vou falar do candidato em si, pois seria de opinião duvidosa, visto que é, disparado, meu candidato. Mas sim, de sua campanha pelo ponto de vista publicitário.

No início de sua campanha, ele prometeu: “Não irei sujar as ruas” e chegou ao segundo turno sem nenhum tipo de poluição visual pública. Seu investimento, que mesmo com as cifras altas, não chega nem perto das milionárias campanhas de marketing político, foi utilizado tão bem estrategicamente que seu resultado se comprova nas pesquisas eleitorais. É o objetivo sendo cumprido.

A utilização de ferramentas de marketing alternativas aproximou o candidato de seus eleitores de forma que, mesmo os críticos, estivessem em contato com sua campanha e projetos o tempo inteiro. A veiculação de filmes na TV, spots no Rádio e principalmente, a exploração das ferramentas na Internet, deixaram as claras todas as propostas de seu governo. Foram feitas comunidades no orkut, facebook, myspace, mensagens pelo Twitter (onde você acompanhava a campanha pelo celular), vídeos no YouTube (com recordes de acesso), site, blogs, fotologs, flickr, etc.

Trabalhar a imagem de um cidadão que faz política de modo profissional e passar a imagem de não ser um político profissional são méritos de sua equipe de marketing, lideradas pelo conceituado Lula Vieira, que, aprendendo com os erros do passado, construíram uma grande e valiosa marca para a cidade do Rio de Janeiro, sem precisar maquiá-la. Chama-se Fernando Gabeira.

Uma verdadeira aula de marketing político.

 

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