sexta-feira, 11 de abril de 2008

A Propaganda é um vírus...




A propaganda é um vírus. Espalhada por todos os lugares. A propaganda é daquelas que vem, junta, monta, constrói tudo aquilo que alguém criou. A propaganda levanta. A propaganda sacode. Ela deixa tudo mais difícil, mais complicado. Ela se infesta. Você começa gostando um pouquinho e daqui a pouco só pensa em propaganda.

Está espalhado. Infectado. A propaganda é um vírus, sem direito a vacina. Sem direito a anticorpos. Sem direito a escolha, sem direito a cura. A propaganda é epidemia. Que pega todo mundo. Mas não se infecta pelo ar. A propaganda se passa no olhar, no ouvir, no sentir. A propaganda vem como o vento, voando, e vai embora como a brisa, lentamente. A propaganda é vento. A propaganda é furacão. Furacão que carrega tudo, carrega a esperança, carrega a busca da felicidade.

A propaganda passa por cima. Mas a propaganda não passa. Ela fica. A propaganda fica. Fica por que quer, fica quando não se quer. Inunda a alma, como a chuva que cai mais forte. Depois da propaganda, a tempestade, sem calmaria. A propaganda constrói. Constrói o homem, constrói a mulher, constrói a marca. E o homem e a mulher constroem a propaganda.

A propaganda é um vírus. Que começa no coração, vai para a mente e se infiltra na alma. A propaganda não acaba. A propaganda não se repete. A propaganda não se esquece. Vive-se de propaganda. Por propaganda. Não se vive fisicamente, mas rejuvenesce a alma. O fim da propaganda mata a alma. Não se quer mais amar, não se quer mais viver. A propaganda vive. Ela se planta. A propaganda se colhe. Ela queima. A propaganda ferve. A propaganda não enche. A propaganda enche. Enche sua cabeça de pensamentos. Enche seu coração de sentimentos. A propaganda é irreal. O que é a propaganda?

A propaganda é um vírus...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Uma questão de lógica



Não estou aqui para criticar, nós, publicitários. Muito menos para falar mal de nossa classe. Mas sim fazer um alerta: até que ponto temos responsabilidade sobre o antimarketing provocado por diversas empresas?

No meu ponto de vista, os publicitários, marketeiros e afins são responsáveis por manter uma MARCA em eterna ascensão. Isso vai desde o endomarketing a eventos mega-ultragrandes. Trabalhamos duro, arduamente para conquistar cada consumidor para nossos clientes, mantendo um atendimento de qualidade, uma boa apresentação e principalmente um relacionamento pré e pós-vendas inigualável. Que maravilha! Tudo o que o consumidor podia esperar de uma empresa. Mas e quando nos tornamos consumidor dessas empresas?

Aí é que mora o problema. Antes de publicitários e marketeiros, somos, acima de tudo, consumidores. E não escapamos disso. Nesse momento, percebemos as burradas e trapalhadas que as empresas prestam. E até que ponto entra a nossa responsabilidade?

Digo isso, sem a intenção de dizer que somos responsáveis, mas já cansei de me pegar dizendo que aquela empresa de telefonia que esta dominando o Brasil e que mudou os orelhões da cidade do Rio, patrocina os maiores atletas, realiza os maiores eventos, possui banda larga, telefonia móvel e uma série de outras coisas esta praticando, incansavelmente, ANTIMARKETING. E aquela empresa responsável por grande parte das assinaturas de canais fechados e que estampa e bate no peito dizendo que o mundo é deles. Opa, ANTI o que? MARKETING?


Então nós temos alguma coisa a ver com essa história.
Quer dizer então que fazemos tudo para conquistar os consumidores, e deixamos que as empresas façam tudo para perdê-los? É o mesmo que roubar a bola e entregá-la ao adversário!


Muitos de nós passam por agências, vão para clientes, pulam pra fornecedores e voltam pra agências. Sabemos que, indiretamente, nossas opiniões, mesmo que muitas vezes não praticadas, são válidas. E que sempre param para nos ouvir.

E por isso devemos prestar mais atenção nos detalhes. Prestar atenção no que nossos clientes estão fazendo. Lutamos tanto para construir uma idéia na mente do consumidor, mostrando que a marca é confiável para logo depois, a própria empresa mudar a opinião deles. É melhor nos atentarmos a isso, ou ficaremos sempre ouvindo que o problema é o antimarketing. É tudo uma questão de lógica...

Em defesa do Coelho



Já pensou em combinações que não existiriam sem suas companhias? Estou falando de Romeu e Julieta, de queijo e goiabada, de arroz e feijão. Já imaginou Natal sem o Papai Noel? Halloween sem bruxas e carnaval sem samba? Pois é, me sinto preocupado. Também não imagino a páscoa sem o desejo do chocolate e muito menos, a páscoa sem o Coelho.

E o que representa o nosso Coelho? Até então ele representava a farta tradição de chocolates. O símbolo maior das crianças. Mas o nosso personagem esta perdendo as forças. Hoje, chocolate é só chocolate. E o Coelho, é só um coelho.

Para a criançada, o que importa são os BEE’s, o Quarteto, figuras do Speed Racer,

a turma dos Simpsons, Garfield, Batman e todos os personagens criados pelo cinema. E o coelho, é só mais um coelho.

É ai que mora a minha preocupação. O chocolate virou apenas uma desculpa para vender artigos que vão de carrinhos miniaturas até games eletrônicos. E o coelho deixou de ser o mascote para ser o garoto-propaganda de outros personagens.

Há semanas entramos em estabelecimentos comerciais e vemos verdadeiros túneis de ovos de páscoa e quando vamos procurar pelo nosso chocolate preferido, onde está? O que vemos são Shreks, Barbies, Hello Kittys e Smiles. Se procurarmos, é lógico que ainda encontramos o Chocolate ao Leite, o Talento, o Ferrero Rocher, mas estou preocupado com o Coelho.

Por que será que precisamos apelar para esse tipo de estratégia para conquistar nosso consumidor? Será que a propaganda deixou de ser criativa? Eu duvido muito. A Páscoa já não tem mais a sua luz, sua religiosidade, sua alegria e o seu charme. É apenas uma oportunidade de negócio. E o coelho é apenas um coelho.

Boa Páscoa a todos.

Gentileza gera Gentileza, na publicidade isso é uma proeza

A máxima do profeta carioca, José Datrino, vulgo Profeta Gentileza, parece ter perdido sua poesia no meio publicitário.

Enquanto o povo faz a sua parte, abraçando a causa num movimento de pró-civilidade de tirar o chapéu, na publicidade em geral, a gentileza que gera gentileza se torna uma mão que lava a outra. Bonito passar pela orla de Copacabana e ver uma faixa estendida ou mesmo um escultor de areia aderindo a moda. Bonito ver nos adesivos de carro a força do povo carioca exaltada por pura gratidão.

Mas nós, publicitários, temos que conviver com tamanha falta de gentileza. As concorrências se prostituíram. As agências se corromperam. Vejo nos bastidores da corrupção, uma classe de clientes que não se preocupam com as belas esculturas do layout ou mesmo na deslumbrante negociação de mídia. A resposta é direta. Quanto repassa!? Quanto volta? 20% é absurdo.

Gentileza gera gentileza. A agência cobra 10% e o cliente fecha o negocio. E essa tal gentileza gera falência, daqueles que lutam para fazer da publicidade uma arte de se comunicar.

Somos nós os conhecedores de comunicação, nós temos a beleza de anunciar, nós temos a delicadeza de despertar a atenção dos consumidores e a agressividade de aumentar as vendas e lavamos as mãos a troco de alguns míseros?

Voltemos a verdadeira identidade que o profeta quis trazer e façamos uma gentileza. Vamos trazer de volta a dignidade de ser publicitário.

Descubra a arte de viver...

Todos nós, publicitários, buscamos sempre a melhor maneira de transmitir uma mensagem, uma idéia, um conceito, um estilo, ou seja lá o que for para nossos consumidores. Fazemos eles acreditarem e admirarem nossas marcas. Mas e quanto a nós? Será que acreditamos naquilo que vendemos? Será que nossas marcas falam por nós?
Think Diferent. Como se fosse a primeira vez que estivesse olhando para um layout estampado em um frontlight bem na esquina da sua casa. O que você sente? Talvez uma energia que dá gosto, ou quem sabe um raro prazer. Pense, será que você, quando se levantou de manhã, percebeu que o melhor plano de saúde é viver? O que será daqui pra frente? Qual será o seu próximo passo?
Acredite, passamos o tempo todo preocupados em fazer com que o consumidor nos veja como a solução para seus problemas, e nem percebemos que nossa vida esta passando. Descubra a arte de viver. Um sentimento gostoso como a vida deve ser. Curta, sinta, veja, trace e escreva seu futuro com ph e com todas as outras letras que tem direito.
Sorria. Mas sorria pra valer, não porque esta sendo filmado. Sorria para o mundo. Aproveite os momentos, as oportunidades, as melhores coisas da vida. Crie. Invente. Improvise. Ande, corra, pois eu quero ver você não chorar, não olhar pra trás, nem se arrepender do que faz.
Busque sempre seus objetivos. Afinal, o que importa é você reconhecido, você feliz. É claro que você tem mais motivos para ser feliz do que ficar vagando por aí. Então, pense diferente. Desperte o tigre que há em você.
Nós publicitários, somos movidos pela paixão de fazer sempre o melhor. O Mundo é de quem faz. Isso sim é diversão. Se você nasceu para voar, voe. Mas voe do jeito que você pensa. Mude. Mudar faz parte da vida. É interessante viver sem fronteiras. É interessante descobrir um, dois, sete mares. Por que isso é mais do que voar. Porque a vida é agora. Por que é você em primeiro lugar. Dê férias para os seus pés. Seja Completo. Afinal, tudo isso é para uma vida mais gostosa. E agora, o que você sente?
A gente se vê por ai.

G.R.E.S. Acadêmicos da Publicidade



O abram alas que eu quero passar. O G.R.E.S. Acadêmicos da Publicidade vem passando pela avenida. A Publicidade é uma cachaça e se você pensa que cachaça é água, cachaça não é agua não. A cachaça vem do alambique, a água do ribeirão e a criatividade sabe-se lá de onde.
Nossa escola é grande, com muitos componentes, estagiários e publicitários, e nesse ano tenho certeza de que faremos nosso melhor desfile. Tudo pronto para o espetáculo, o nosso Rei Momo, o Rei Galo.
Damos inicio a nossa corrida pelo título ainda na concentração, onde todas as pesquisas e informações sobre os clientes são geradas. Ao toque da sirene, entramos em reunião com o nosso jurado, nosso cliente. E ai, damos inicio a realização de todo um trabalho.
A Comissão de Frente é o pessoal do Atendimento e Planejamento, que também buscam a nota maxima no quesito Enredo, pois quando saímos dessa reunião, definimos a criação artística de um tema ou conceito. É avaliado o argumento (idéia básica apresentada pelo cliente), o roteiro, a capacidade de compreensão e a capacidade de criação.
A Criação define o samba-enredo, adequando as letras, imagens, símbolos e “etceteras” ao enredo, agregando riqueza poética e bom gosto, clareza na transmissão da mensagem. É por conta da criação também os quesitos alegoria e adereços, dando significado criativo a todos os elementos que compoe uma campanha.
Os jurados estão de olho no pessoal da produção, responsável pelo quesito fantasias, afinal, são eles que transformam em audio ou visual aquilo que o enredo quer passar. A Harmonia da escola fica por conta do pessoal do tráfego, que por sua vez, se responsabiliza pelo entrosamento, a perfeita igualdade na linguagem dos profissionais, não deixando haver divergencia entre os componentes e os objetivos e principalmente, não deixando estourar o tempo, ops, o prazo.
O quesito Evolução tem a sua importância, assim como a Mídia, que fica com a progressão da campanha de acordo com o ritmo dos resultados. Para agradar ao jurado, a mídia avalia a fluência da estratégia traçada, a manutenção de marca, as oportunidades de inserts, a agilidade na divulgação.
Não poderia deixar de mencionar o quesito mais respeitado, a diretoria, quer dizer, a bateria. Esses componentes são os que inovam, que improvisam, que ditam o ritmo da escola. Um espetáculo voltado para nossa plateia, o consumidor.
Ao final de nosso desfile, ou nossa campanha, esperamos ouvir a seguinte frase dos jurados, que se chama cliente: Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos da Publicidade, DEZ NOTA DEZ!!!

O Estágio pelo lado bom



Nunca esquecemos o nosso primeiro estágio e, na maioria das vezes, ele nos diz se o que estamos fazendo é o que queremos para nossas vidas. Afinal, todos nós fomos estagiários um dia.


O sonho é possível. Sempre. O mercado tem espaço para muitos, porém, apenas para os melhores. Se você é do tipo que procura estágio para depois das férias ou então que acha que estagiário foi feito para cumprir horário, uma dica: Concurso Público e pare de ler aqui. Mas para você que pensa como eu, que o estágio é a porta de entrada para o mercado e que seu desempenho pode influênciar diretamente na sua carreira profissional, continue lendo esse texto.

O estágio é o primeiro degrau de uma carreira de sucesso. A máxima de que estagiário é escraviário pode ter seu lado bom, afinal, quem trabalha e quem corre atrás ganha espaço mais rápido (abaixo aos maus patrões).

O que todos os profissionais procuram em um estagiário (inclusive eu) é a pró-atividade. Ser pró-ativo e se mostrar sempre prestativo (até para as coisas mais banais) já é um ponto positivo. Saiba como, onde e quando se colocar, ofereça ajuda a todos, esteja sempre disposto a aprender e pergunte, pergunte tudo o que tiver dúvida (mesmo que se sinta com a Síndrome de Jack Malone, como disse, muito bem, nosso amigo Rafael Amaral).

Leia, leia muito. Leia blogs publicitários, são ótimas fontes de informação. Um exemplo é o Atendimento Publicitário, para os atendimentos de plantão. Leia sites de notícias (Meio&Mensagem, Janela, BlueBus, CCRJ, GAPRJ) e de jornais, e não deixe de ficar antenado as campanhas que estão pelas ruas, sejam em mídias tradicionais, sejam em mídias alternativas.
Livros são sempre produtivos. Alguns como Criação sem Pistolão, O Livro Azul da Propaganda e Tudo o que você queria saber sobre propaganda e ninguém teve paciência para explicar são leituras garantidas. Uma ótima dica, principalmente para os criativos, é o Manual do Estagiário, de Eugênio Mohallen, disponível no CCSP (www.ccsp.com.br).

Veja o estágio como uma escola, não teórica, mas prática. Talvez, nós mesmos, profissionais, seremos eternos estagiários, pois ficaremos com a constante busca de metas a serem alcançadas.


Pense nisso e boa sorte!

Convergência de Mídia: saiba o que é e aproveite o embalo



Muito prazer! Leitores do Casa do Galo e colaboradores da casa, muito prazer. A partir de hoje passarei a colaborar com a equipe da Casa do Galo com artigos que possam trazer alguma informação útil para vocês, leitores, e também para vocês, colegas de trabalho. Espero poder escrever tão bem quanto os atuais colaboradores, que muito já me ensinaram com suas mensagens postadas e torço para que seu conhecimento não só cresça, mas também o ajude em sua jornada.

Para esse meu primeiro artigo, passei minha semana de recesso pensando no que escrever. Alguns temas foram surgindo na minha cabeça, porém, nada que me desse segurança ao ponto de estar trazendo algo de interessante. Percebi então que tudo o que é novidade já é passado.

Pensei em falar sobre o Displax, uma mídia inventada em 2004 que eu acho sensacional, mas temi que meu assunto ficasse ultrapassado demais. Pensei também em falar um pouco sobre as perspectivas, já que estamos iniciando um ano, da TV Digital, ou o que ela pode trazer de bom para nossa publicidade. Esse não é um assunto ultrapassado, mas sim, batido. Até o porteiro do meu prédio (e nada contra a classe, aliás, excelentes fontes de informação) já sabe da TV digital. Não vai ser novidade para vocês. Foi ai que, já em meu estado de desespero, e com uma certa ajuda, resolvi falar sobre Convergência de Mídia. Ultrapassado? Jamais. Batido? Eu diria que não, já que hoje em dia tudo está sendo utilizado como mídia.

Ao contrário do que muitos pensam, Convergência de Mídia não significa utilizar de vários meios digitais para uma mesma campanha. O consumidor não verá anúncios em série e nem está participando de um grande quebra-cabeça.
Convergência de Mídia – como o próprio nome sugere – é fazer com que o consumidor saia das mídias ditas tradicionais e vá em direção as novas mídias: internet, celular etc. Mas como fazer isso? Como fazer com que o leitor do Globo deixe de folhear o jornal para abrir janelas e pop-ups? Como chamar a atenção do consumidor se ele está a todo momento sendo bombardeado de informação e propaganda? Esse é o desafio. Com a atual tecnologia, o consumidor fica na sala vendo TV, com o celular ligado ao lado e no colo, um notebook. Enquanto ele assiste a um programa de TV, está ali, o tempo todo conectado (como uma rede wireless, lógico) e de um comercial para outro, sempre aproveita para mexer no celular, ou navegar em algum site. Aí, de repente, surge um comercial na TV com uma promoção que tem acesso pela web. Qual a probabilidade desse consumidor, que está ali, com o notebook no colo, entrar no site e ter o contato com a marca?
Acabou de acontecer um fato curioso, minha amiga de trabalho possui um Palm da
Claro, e recebeu um SMS dizendo: “Na Claro, você fica sabendo das novidades, vantagens e promoções por torpedo. Responda SIM ou NÃO e confirme se deseja receber estes avisos por Torpedo“. Ao responder, minha amiga, imediatamente, recebeu uma outra mensagem avisando que ela, a partir de agora, estava apta a receber as novidades, promoções e PUBLICIDADE!!!!! As empresas já estão se aproveitando de nossa mobilidade! Quem consegue ser mais criativo?

Um grande abraço a todos.