terça-feira, 29 de dezembro de 2009

A tendência de uma mídia já não tão alternativa.

Desde os primórdios da publicidade, as mídias tradicionais fazem sucesso. Elas são as que movem os grandes veículos e grandes anunciantes. A TV, o Rádio, o Jornal e a Revista são formas de se comunicar com a grande massa.

Mas de uns tempos pra cá as coisas andaram mudando um pouco. Verbas milionárias já não são gastas com tanta freqüência, visto que hoje, temos diferenciadas formas de se comunicar. Antigamente, tínhamos poucos meios transmitindo poucas mensagens para muita gente. Hoje, temos muitos meios transmitindo muitas mensagens para pouca gente. É a segmentação tomando conta do espaço.

E por isso, temos que destacar um tipo de mídia que vem crescendo a cada dia que passa. A mídia alternativa. Todas aquelas mídias que fogem das tradicionais formas de comunicação e que custam menos do que as grandes mídias.

Pesquisas revelam que as mídias alternativas já estão entre os cinco melhores métodos de propaganda do pais. E de todos os tipos de mídia alternativa, destaco uma que chama a atenção por sua segmentação e possibilidade de se trabalhar a comunicação de forma direta e objetiva, a Mídia Indoor.

Saber onde, quando e com quem você esta falando é uma das tarefas mais difíceis da publicidade. A Mídia Indoor consegue aliar as principais características das grandes mídias mas com um diferencial: a comunicação é feita de forma direta e objetiva com o seu consumidor. Você fala pra quem te interessa. Pra quem compra o seu produto ou serviço.

Aliando o recall da TV, a intimidade do Rádio, a beleza dos anúncios de jornais e revistas, o impacto do outdoor, a precisão do marketing direto, a mídia indoor consegue de maneira inovadora, inteligente e altamente eficaz, conquistar seu espaço nos melhores planos de mídia.

Isso se deve ao fato do consumidor estar mais passível de receber informação em seus momentos de lazer e a mídia indoor explora justamente esses minutos de lazer, como bares, boates, restaurantes, academias, etc. Alem disso, o nível de dispersão é praticamente zero quando você esta em contato com esse tipo de mídia.

Seja mídia tradicional ou mídia alternativa, o importante é a publicidade, através de nós, profissionais, inventar a cada dia que passa, novas formas de se comunicar com nosso target. Otimizar a verba de nosso cliente é nosso papel. Trazer resultados em vendas também.

Então, que façamos isso de forma inteligente, objetiva e eficaz.


quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Simplesmente IDEIA

Ter uma representação mental é algo que nos ocorre o tempo inteiro. Chamamos isso de ideia. E dentro da nossa profissão, ideia é o ponto chave do sucesso.

Mas não é fácil ter uma ideia. As grandes ideias são frutos de muito estudo, bastante conhecimento e uma pitada de sorte. Quanto mais informação você tiver em sua mente, maiores são as chances de você assimilar duas ou mais peças para se formar uma ideia. Esta ai, ideia é assimilar conteúdo.

E é em busca dessa maravilhosa ideia que ficamos o tempo inteiro. Desde o momento em que ouvimos o cliente até o momento em que participamos do brainstorm. Aliás, principal técnica de assmilação de informação que possuímos em nossas casas publicitárias.

Ter uma boa ideia é como acertar na loteria, é como marcar um gol de placa ou mesmo como conquistar aquela garota tão desejada. É dar um passo a frente, subir mais um degrau. É ser um pouco publicitário.

E quanto vale uma boa ideia? 51? Não, muito mais do que isso! Uma boa ideia vale o resultado, vale a sensação de dever cumprido, vale o sentimento de ter chegado lá.

Uma boa ideia merece respeito. Por que ela não é como as ondas, que vão e vem, uma atrás da outra. Uma boa ideia é como uma praia paradisíaca. Sempre lembrada em sua mente, jamais esquecida.


quinta-feira, 23 de julho de 2009

Um no lugar do outro



De todos os cargos e funções existentes dentro de uma agencia de publicidade, existem duas que merecem um certo destaque. Não por sua importância na hora de fazer a máquina girar, nem pelas homenagens que recebem, muito menos por seus belos salários. Mas sim pela sua concorrência entre si, sua disputa (na maioria das vezes, desnecessária) e por todas as confusões geradas por eles: Atendimento e Criação.

Dois departamentos que diferenciam a boa agência da ruim. Dois departamentos respeitadíssimos no meio publicitário. Dois departamentos que se odeiam.

Não, não estou generalizando. Esse é até um assunto bem batido em nosso mercado e engraçado de ser discutido, ainda mais quando na conversa existem representantes de ambos os departamentos.

Não vou julgar, culpar nem criticar nenhum departamento, mas existem situações engraçadas de ambos os lados que merecem páginas de livro. Sejam criações juvenis, ou mesmo tentativas de briefings.

De fato, todos que fazem parte da criação, incluindo os estagiários, tem um pouco de atendimento. Isso porque a a criação supõe que entende tudo e mais um pouco do cliente, até mesmo, mais do que o próprio cliente e que aquele layout foi iluminado por Ele.

E todos os que fazem parte do atendimento, incluindo os estagiários, tem um pouco de criação. Isso porque na maioria dos briefings, existe uma pitada de opinião, de sugestão, de dizer para os criativos como a coisa deve ser feita.

Então, seria interessante ver um no lugar do outro, outro no lugar de um. Assim, saberiam quais as suas responsabilidades, quais as suas obrigações, e a dificuldade que cada departamento possui antes de julgar seu companheiro de trabalho e dizer que o cara do atendimento é o boy de luxo chato, que não tem poder de convencimento e faz tudo que o cliente pede, e nem o cara da criação é o emo convencido e acha que todas as suas peças valem prêmio e só fazem aquilo que lhes convém.

Na pratica, todo atendimento deve entender muito de criação, até para que na hora de aprovar ou reprovar uma peça antes de mostrar ao cliente, ele tenha argumentos corretos e coerentes ao invés de um simples “não gostei”. E o pessoal da criação deveria entender um pouco de atendimento para que percebesse que nem sempre o cliente entende de marketing e que existe uma luta para convence-lo de que aquela sua idéia é a melhor solução naquele momento, mas que às vezes, para não perder o cliente, é melhor fazer aquilo que ele pediu, sem que isso prejudique a imagem da agência.

Cada um tem a sua importância e o trabalho de um depende do bom trabalho do outro. Na publicidade não há lugar para individualismo, pois todas as cabeças devem estar pensando para um bem comum: o do cliente.

Portanto, se você é atendimento ou criação, pense bem antes de julgar aquele seu colega de trabalho. Ele tem as suas qualidades e as suas dificuldades. E ele esta sempre disposto a fazer o melhor para que o seu trabalho saia perfeito, levando a agencia ao desejado sucesso e o cliente a satisfação total.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Música para nossos ouvidos...



Não é nenhum mistério a adoração do ser humano por música. Mas em nossa profissão, musica, ou JINGLE, como chamamos, é mais do que uma adoração. É uma fonte de captação de cliente, é uma oportunidade de fixar nossa marca na vida do consumidor, é a maneira mais poética de nos comunicarmos.

Quem não se lembra de pelo menos um jingle? Cada um em sua época. Cada um em sua fase. Cada um em sua memória. O jingle é, às vezes, complemento do comercial de TV, é protagonista no comercial de rádio, é talvez, or concur nos debates sobre as maiores propagandas do mundo.

Pesquisando, encontrei alguns jingles que mexem com nossa cabeça e nos transportam para épocas de nossas vidas, alguns até mais antigos que nós, mas que mesmo assim, tocam nossos corações.

Dos tempos iniciais da propaganda, a musica invadiu os lares daquela época com a voz de uma mulher cantando: “ Não adianta bater, eu não deixo você entrar. As Casas Pernambucanas é que vão aquecer meu lar.”, no que ficou conhecido como um dos maiores jingles de todos os tempos.

“Quero ver você não chorar, não olhar pra trás, nem se arrepender do que faz”, dizia o Banco Nacional em mensagem de fim de ano.

E quem não se lembra dos três músicos que apareciam na telinha cantando: “O tempo passa, o tempo voa, e a poupança Bamerindus continua numa boa...”

O motivo de orgulho do Brasileiro, “Uma estrela brasileira no céu azul, iluminando de norte a sul, mensagem de amor e paz, nasceu Jesus, chegou o Natal. Papai Noel voando a jato pelo céu...” e de VARIG.

Muitas empresas se consagraram por causa de seus jingles. Nizan Guanaes, um dos maiores publicitários de todos os tempos é mestre em criar jingles lendários. Washington Olivetto também.

Jingles nos fazem relembrar cotidianos de nossas vidas, como no comercial da GELOL, passado em 1995 que dizia: “Uma cabeçada, uma cacetada, uma batida. A vida é feita de tropeços, passos falsos. De surpresas, percalços que você tem que passaaaarrr. Paaaassaaa, paaaaasssaaa, paaaassaaa gelol que passaaaa.”

Mas não poderia deixar de citar três jingles que fizeram história, pelo seu lado emocional, cômico e saboroso. O jingle, talvez o mais famoso de todos, cantamos até hoje, sempre que lembramos de pipoca: “Pipoca na panela, começa a arrebentar, pipoca e guaraná, que sede que dá.”.

Não menos famoso, e nem menos importante, os mamíferos da Parmalat, musica infantil que todo adulto sabe cantar: “O Elefante é fã de Parmalat. O porco cor de rosa e o macaco também são. O panda e a vaquinah só bebem Parmalat. Assim como a foquinha, o ursinho e leão. O gato mia, o cachorro late. O rinoceronte só quer leite Parmalat. Mantenha seus filhotes, fortes, vamos lá. Trate seus bichinhos com amor e Parmalat. Tomou”

Agora, quem não lembra daquele gordinho, cantando como se fosse no chuveiro, mostrando que a vida deveria ser mais do que isso: “Eu acordei, tirei meu pijama, fui pra minha cama, e depois durmi. Ai eu fui tomar café e deitei na cama, peguei o meu pijama, eu já fui logo pra cama.”, num belíssimo comercial da HONDA.

Uma viagem ao mundo dos jingles é conversa pra noites e noites de bar. Assunto em todas as mesas de publicitários, marketeiros e afins, os jingles trazem mais vida a nossa publicidade.

Não é a toa que soam como musica em nossos ouvidos!

 

terça-feira, 14 de julho de 2009

Um ambiente que faz a diferença



Um assunto que incomoda muita gente e que é sempre discutido por profissionais de qualquer tipo de profissão é o ambiente de trabalho.

A diferença de produtividade de um local onde o trabalho consegue ser feito de forma prazerosa e um local onde o trabalho é feito de forma quase obrigatória é notória. Não fosse isso, não teríamos rankings das melhores empresas para se trabalhar e nem um esforço de seus diretores para que isso acontecesse, no caso de bons ambientes e também não teríamos funcionários que detestam seus chefes ou que só estão ali por necessidade.

Por experiência, conheço diversos ambientes de trabalho e que me fizeram capaz de fazer esse tipo de comparação. O ambiente de trabalho influência diretamente na sua produtividade e no bom humor do ser humano.

Certa vez, fui convidado para trabalhar em uma empresa com mais de 10 anos de experiência. Uma empresa de médio porte, com poucos funcionários. Confesso, o local onde mais aprendi até hoje. Tudo era tratado como se fossemos uma família. O chefe, mais que um amigo. A chefe, uma perfeita professora. Os colegas de trabalho, parte da família. O ambiente era tão favorável que ficava fácil fazer publicidade. Os clientes eram amigos, os fornecedores eram amigos, os veículos eram amigos. Existia estresse, claro! Mas que faziam bem para o desenvolvimento da agencia. Lembro-me que tínhamos até nossos representantes dentro de um aquário. Existia reconhecimento, existia aprendizado.

Depois, fui aprendendo em outros lugares que o ambiente de trabalho é uma das principais razões para o sucesso pessoal e também pelo sucesso da empresa. Passei por outras três agencias com características diferentes. Não cabe a mim criticar uma ou outra, apesar de sabermos que existem pessoas em diversos ambientes que vão de amadores e esforçados a incompetentes e mal caráter. Porém, em cada uma deu pra perceber que o local de trabalho influência diretamente no seu próprio desempenho.

Acordar cedo e saber que hoje é mais um dia de trabalho estressante dá vontade de ficar em casa e mudar de profissão. Acordar cedo e saber que hoje é mais um dia de trabalho duro mas que recompensa dá vontade de não dormir e seguir em frente na busca dos objetivos.

Empresas vão e vem em sua vida e deles deve se tirar o máximo de aprendizado. Reconhecer um funcionário, criar soluções práticas para os problemas ao invés de ficar discutindo as causas demasiadamente, oferecer benefícios para seus companheiros são coisas que todo bom ambiente de trabalho deve ter.

Por isso, preste atenção em seu ambiente de trabalho. Se for ruim, veja os erros e opine para que as coisas melhorem. Se for bom, boa sorte. Continue e siga em frente.

Afinal, o ambiente faz diferença. E você, faz a diferença no ambiente.

Mistura de Mundos



Ouvi uma vez que no pais do futebol o sol nasce para todos, mas só brilha para poucos. Será que existe alguma semelhança na publicidade?

Criatividade não é um dom, assim como um bom jogador de futebol. Dentro de campo é assim, ou você nasce sabendo ou nunca vai jogar um bom futebol. Mas na publicidade não. Você aprende a ser criativo. Criatividade é uma coisa que se aprende com técnica, com pratica, com estudo.

Mas há sim uma grande semelhança entre esses dois mundos. O da bola e o do job.

Imagine o mundo da bola, com tudo o que tem direito. Temos um CLUBE, que é a peça chave desse mundo e o comparamos com as AGÊNCIAS. Todas as peças de um clube, desempenham uma função. Vejamos, a Diretoria do Clube, composta por chefões da bola que mandam e desmandam dentro e fora do campo, mas que tem algo em comum: usam de estratégias para conseguir levar o clube a elite. Na agencia não é diferente, existe uma Diretoria, pessoas responsáveis pelo desempenho das agencias no mercado de trabalho, sejam eles Diretores de Atendimento ou Diretores de Criação que também traçam estratégias para conquistar clientes e faturar alto.

 Abaixo da Diretoria e também com um grande poder dentro de um clube, a COMISSÃO TÉCNICA dita o melhor esquema para conseguir a vitória. Papel semelhante ao do Atendimento e Planejamento, que traçam o melhor caminho para chegar ao objetivo do briefing. E esse briefing é passado para o pessoa da CRIAÇÃO, que atenderá todas as solicitações do atendimento, assim como os JOGADORES, que se armarão dentro de campo de acordo com as orientações do treinador.

E começa o espetáculo. As melhores jogadas ou as melhores peças são desenvolvidas para agradar ao principal componente de todo esse esquema: o CLIENTE, que também podemos chamar de TORCIDA.

É o Cliente que irá aprovar ou não o JOB, assim como elogiar ou criticar os JOGADORES. E é o cliente que temos que ter ao nosso lado o tempo inteiro, pois sem ele a máquina não anda. E confesso, é muito difícil ambos estarem 100% satisfeitos. Imagina um estádio sem torcida? Não, não dá. É o mesmo que uma AGÊNCIA sem clientes.

 Toda essa estrutura se torna vitoriosa quando acontecem as conquistas. Os CLUBES ganham CAMPEONATOS e as AGÊNCIAS, os FESTIVAIS. É nesse momento que há nos profissionais dos dois mundos, a sensação de dever cumprido.

E assim, misturamos os dois mundos, o da bola e o do job, por que no final das contas, o que vale mesmo é marcar um gol, seja ele de placa, ou seja ele na placa!

terça-feira, 7 de julho de 2009

Festivais: Ir ou não ir? Eis a questão.



Sempre houve uma divergência na opinião de profissionais de publicidade sobre a participação das agências nos festivais e premiações pelo mundo a fora.

 Participar de um prêmio ou um festival faz bem ou mal ao ego da agencia? Faz bem ou mal ao ego da criação? Faz bem ou mal ao orgulho do atendimento?

 Uns preferem adotar o discurso de que não faz parte da filosofia de sua empresa a participação nesse tipo de evento, pois faz com que a criação perca o foco no objetivo do cliente e fique de olho no troféu tão desejado. Outros, dizem que é essencial para a saúde da agencia a participação nos grandes festivais, pois aguça a criatividade e incentiva todos os envolvidos na criação de campanhas sensacionais.

 A publicidade vive de pão e circo. O pão representa todo o trabalho, o dia a dia, a rotina, os estresses naturais de uma agencia de publicidade. Mais do que merecido a segunda parte chamada circo, que são os eventos de confraternização, os festivais, os prêmios, as conquistas.

 Faz bem para o profissional, faz bem para o estudante, faz bem para o cliente, faz bem até pra quem não tem nada a ver com a profissão, que se encanta após passar por essa experiência.

 Festivais como o Festival Mundial de Gramado, aqui no Brasil e o Festival de Cannes, o maior e mais requisitado do mundo são verdadeiros ninhos de criatividade. Ali, são expostos as melhores idéias do ano, do pais, do mundo. Os anúncios mais criativos, as idéias mais mirabolantes, os resultados mais impressionantes.

 E por que não ser reconhecido por todo esse trabalho?

 Sim, devemos participar de festivais, devemos ser reconhecidos pelo nosso bom trabalho, devemos gerar uma competição saudável dentro de nosso mercado. Não que o prêmio, ou troféu, que muitas vezes vai pra qualquer prateleira empoeirada tenha que se tornar o foco principal, mas sim, deve ser a conseqüência natural de um belo desempenho.

 Afinal, somos publicitários, loucos e sensatos. E os loucos sensatos gostam de ser reconhecidos pelo que fazem. Ficamos felizes quando subimos ao palco para receber o fruto daquele nosso trabalho. A agencia ganha, o profissional ganha, o cliente ganha.

 Um brinde aos festivais!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Ei, Psiu, Silêncio...


Quantas coisas já perdemos por que não acreditamos no silêncio? Quantas verdades já se passaram desapercebidas por causa desse mesmo silêncio? E quantas vezes o mais certo a se fazer era ficar em silêncio?

Deus fez o silêncio para que pudéssemos bater de frente com o barulho. Como diria Lulu Santos, “não existiria som se não houvesse o silêncio”. Logo, o Silêncio é o importante da história. Manter o silêncio é uma benção, uma qualidade, uma força – mas também pode ser o inicio para o fim, a faísca para o fogo.

Quantas vezes se encontrou em uma situação onde tudo o que queria era quebrar o silêncio que existia no ar e sair falando um monte de coisas, algumas vezes boas, outras, nem tanto… Porém, ele estava ali, firme, forte, e sábio… o Silêncio.

Começamos pelo estagiário. O Silêncio deveria ser seu principal requisito. Como os estagiários sofrem. Sofrem se falam na hora errada, sofrem se não falam, e sofrem até mesmo quando estão certo, mas estagiário (e nada contra eles, pelo contrário, acho que são peças fundamentais em qualquer empresa) “nasceu” pra ficar em silêncio.

E o pessoal da criação? Tem o silêncio como uma benção. Aquele brainstorm com várias idéias saindo pelas mentes dos diretores de arte, os redatores exalando seus belos títulos. Mas, no fundo, toda boa idéia aparece quando o silêncio paira no ar.

O Atendimento usa do silêncio para ser paciente, seja com os doutores criativos, seja com os clientes sabichões. O Planejamento pensa o silêncio. Saber usar o silêncio é uma das grandes virtudes de um profissional de atendimento. Seja quando esta no meio de uma discussão com a criação, seja no meio de um briefing, ouvindo as informações.

Até mesmo o pessoal da produção, que vive no meio do som, do áudio, do vídeo, pedem silêncio para ouvir aquele detalhe, silêncio para prestar bem atenção a perfeição.

Por definição, Silêncio significa estado de quem se cala, ausência de ruído. SOSSEGO, CALMA. O silêncio não paira no ar, invade a alma, transcende os espíritos, eleva as energias.

E é essa contradição que faz o mundo em que vivemos ser fantástico. O silêncio é uma dádiva de Deus, mas que existe como um paradigma a ser quebrado pelos escolhidos: nós, publicitários. Faça o mínimo de silêncio possível, você esta entrando no mundo da publicidade.

Bom, ruim, forte, destruidor, energizante, devastador, seguro, motivador, reflexivo… Silêncio, nada além do silêncio.

Ei!

Psiu!

Silêncio…

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Ano Novo, Vida Nova?



Ano Novo, Vida Nova! : Um slogan como outro qualquer.

Ano Novo. Vida Nova. Quem nunca ouviu ou disse essa frase? Um clichê que nos traz esperança, sonhos, desejos, aspirações... Mas alguém já parou pra pensar no seu real sentido? Uma visão nada romântica desse slogan inventado por algum ser humano insatisfeito com o ano que passou.

Por que todo ano falamos que no próximo ano a vida recomeçará? Por que todo ano repetimos a tão falada frase Ano Novo, Vida Nova? É como se nossas vidas fossem cronômetros de 12 meses, que zeram ao final de Dezembro. Colocamos Janeiro como o mês oficial da mudança, o mês oficial da esperança, mas, todos, continuamos com a mesma vida que, supostamente, acabou no ano anterior.

O ano que se inicia é novo, verdade! Mas nossa Vida é a mesma! Normalmente, na primeira segunda-feira, após o período festivo, voltamos para nossas mesmas cadeiras, nossos mesmos escritórios, nossos mesmos empregos. Continuamos com o mesmo carro, o mesmo apartamento, os mesmos amigos. Temos as mesmas manias, a mesma personalidade, os mesmos problemas. Onde esta então, a tal da Vida Nova?

Modo de falar. Não digo que é ruim ter esperanças, pelo contrário, ela trás o sonho de um futuro melhor, nos dá forças para seguir em frente, perceba que, o que questiono não é a presença dela, mas sua ausência, a esperança não deve aparecer somente à meia noite do dia 31 de Dezembro, e sim, nos acompanhar em todos os dias do ano.

Seria melhor usarmos o famoso “Próspero Ano Novo!”, pois assim, teria um sentido apropriado. Sou adepto a mudanças. Acho que elas vêm sempre quando algo não esta no seu devido lugar, mas elas não devem ocorrer após os fogos de Copacabana ou depois que as sete ondas passarem. E sim quando as oportunidades surgirem, seja em Janeiro, Março, Agosto ou Novembro.

Daí o título, Ano novo, vida nova: um slogan como outro qualquer, pois o mesmo acontece com dezenas de slogans que nos forçam a acreditar em verdades nem sempre absolutas. Muitas empresas camuflam o que realmente são e nos fazem crer que são simples, ou que só dormiremos bem em um determinado colchão, ou que só uma marca de eletrodoméstico tem qualidade, ou que a determinada marca é que é forte, que a outra tem raça, para a publicidade isso é excelente, estamos vendendo uma idéia e os consumidores estão pagando, caro na maioria das vezes, por ela. Agora sendo você o consumidor, visualize que tudo isso se dá sem que percebamos e com isso acabamos nos acostumando com essa falsa verdade, assim como o Ano Novo, Vida Nova.

Tenha esperança. Mude. Mantenha seus sonhos. Mas os faça sempre que puder. O dia primeiro é só mais um dia após o outro. Janeiro é só mais um mês. Nossa vida é um ciclo de anos, não de meses.

Então, Prospero Ano Novo... e Feliz Vida que segue!!!!

 

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Esperança Publicitária...

Essa noite, fiquei acompanhando a apuração dos votos da maior eleição presidenciade todos os tempos, que aconteceu entre os candidatos Barack Obama e John McCain, nos Estados Unidos da América.
 
Confesso ser um credor da boa política, mas além disso, o principal motivo de ter acompanhado foi minha torcida para que Obama vencesse essas eleições (Já que o Gabeira não ganhou), visto a esperança que estamos depositando no atual Homem mais importante do mundo.
 
Esperamos de Barack que ele seja nosso Super-herói. Falo como brasileiro, patriota, amante de meu país e minha bandeira. Entretantotambém admirador do amor que os americanos sentem pelo própria terra. Não estou defendendo os enlatados, não é isso, mas tenho que admitir que são poucos os países no mundo que possuem o amor próprio que os residentes americanos têm. E se eles confiam em Obama, por quê não confiaremos?
 
Mas o porquê desse blá blá blá sobre a política americana e o que isso tem a ver com nossa realidade? Afetados pela crise econômica global que resolveu pairar sobre nosso universo, nós, publicitários, devemos estar bem atentos às mudanças que ocorrerão daqui para frente, tendo em vista que ainda estamos na era da América, do sonho americano, do “the american way of life” e de como os EUA podem voltar a ser uma grande potência capaz de administrar os caminhos da humanidade. Poético isso, mas problemático.
 
Problemático porque essa crise afeta diretamente o investimento de nossos clientes. Todas as grandes agências já reuniram seus Presidentes, Diretores e afins para reuniões intermináveis sobre as expectativas que surgem em torno do fim da crise econômica e conseqüentemente sobre os planos de 2009. Seremos mais conservadores? Nossos clientes investirão menos? Teremos como manter nossos funcionários empregados? Qual será o futuro de nossa comunicação?
 
Algumas delas estão receosas com o primeiro trimestre do ano que se aproxima, enquanto outras, continuam com seus planos sem nenhuma alteração. Em épocas de incerteza, a contradição entre o pé no chão e a cabeça no ar, entre o pessimismo da crise e o otimismo econômico fazem com que o mundo da publicidade esteja em constante ebulição, gerando debates e discussões bastante interessantes, incrementando ainda mais a cultura de nossa profissão.
 
Ficamos então na torcida de que os eleitores da Terra do Tio Sam tenham feito a escolha certa. Que essa crise não passe de uma fase, que o Dólar volte a operar de modo a incentivar os investidores a aplicarem seus milhões em nossos serviços, buscando atingir seus objetivos. Como disse o próprio Obama em seu discuro: “A Era da Mudança chegou à América”.

E que essa "Era" chegue rápido à publicidade...