quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Esperança Publicitária...

Essa noite, fiquei acompanhando a apuração dos votos da maior eleição presidenciade todos os tempos, que aconteceu entre os candidatos Barack Obama e John McCain, nos Estados Unidos da América.
 
Confesso ser um credor da boa política, mas além disso, o principal motivo de ter acompanhado foi minha torcida para que Obama vencesse essas eleições (Já que o Gabeira não ganhou), visto a esperança que estamos depositando no atual Homem mais importante do mundo.
 
Esperamos de Barack que ele seja nosso Super-herói. Falo como brasileiro, patriota, amante de meu país e minha bandeira. Entretantotambém admirador do amor que os americanos sentem pelo própria terra. Não estou defendendo os enlatados, não é isso, mas tenho que admitir que são poucos os países no mundo que possuem o amor próprio que os residentes americanos têm. E se eles confiam em Obama, por quê não confiaremos?
 
Mas o porquê desse blá blá blá sobre a política americana e o que isso tem a ver com nossa realidade? Afetados pela crise econômica global que resolveu pairar sobre nosso universo, nós, publicitários, devemos estar bem atentos às mudanças que ocorrerão daqui para frente, tendo em vista que ainda estamos na era da América, do sonho americano, do “the american way of life” e de como os EUA podem voltar a ser uma grande potência capaz de administrar os caminhos da humanidade. Poético isso, mas problemático.
 
Problemático porque essa crise afeta diretamente o investimento de nossos clientes. Todas as grandes agências já reuniram seus Presidentes, Diretores e afins para reuniões intermináveis sobre as expectativas que surgem em torno do fim da crise econômica e conseqüentemente sobre os planos de 2009. Seremos mais conservadores? Nossos clientes investirão menos? Teremos como manter nossos funcionários empregados? Qual será o futuro de nossa comunicação?
 
Algumas delas estão receosas com o primeiro trimestre do ano que se aproxima, enquanto outras, continuam com seus planos sem nenhuma alteração. Em épocas de incerteza, a contradição entre o pé no chão e a cabeça no ar, entre o pessimismo da crise e o otimismo econômico fazem com que o mundo da publicidade esteja em constante ebulição, gerando debates e discussões bastante interessantes, incrementando ainda mais a cultura de nossa profissão.
 
Ficamos então na torcida de que os eleitores da Terra do Tio Sam tenham feito a escolha certa. Que essa crise não passe de uma fase, que o Dólar volte a operar de modo a incentivar os investidores a aplicarem seus milhões em nossos serviços, buscando atingir seus objetivos. Como disse o próprio Obama em seu discuro: “A Era da Mudança chegou à América”.

E que essa "Era" chegue rápido à publicidade...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A Saga do Primeiro Encontro...


Passamos por determinadas situações em nossas vidas, que nos fazem sentir  novamente a inocência do primeiro encontro. A ansiedade que sentimos ao esperar a hora da chegada é, algo que traz a tona todo o nosso nervosismo.

Na vida pessoal, no primeiro encontro com aquela garota especial, acontece isso. A expectativa de saber o que falar ao olhar nos seus olhos nos faz tremer e sentir frio na barriga...

Imaginar qual será a primeira impressão que ela terá sobre nós é tenso. Saber que está chegando a hora de encontrá -la e ver que mesmo assim , o tempo não passa, faz parte desse processo que se chama conquista.

E é o que também acontece em nossa profissão. O primeiro encontro com o cliente é sempre assim. Por mais experiente que você seja e por mais habituais que sejam esses encontros, o frio na barriga se faz presente.

Aquela situação em que você está prestes a apresentar sua agência para o cliente, vender seu “peixe” de forma a causar uma boa primeira impressão,  se compara ao primeiro olhar para a garota especial. A hora da reunião não chega e ao mesmo tempo esta cada vez mais perto. O que falar? Como abordar o cliente? Será que vai gostar do meu portifólio? Terei a chance de um segundo encontro?

A oportunidade é única. Para tal não ser desperdiçada, devemos nos preparar para lidarmos com nossa conquista. Entender o gosto do cliente, saber o que a garota gosta, aprender os termos do seu negócio, as gírias dela, estudar suas preferências e pesquisar sobre a moça, são desafios que devem ser encarados.

De fato, o segundo encontro depende do primeiro. E é atrás desse objetivo que você vai à reunião ou ao cinema. E na hora do encontro, tanto  com  o cliente quando com a garota, devemos nos concentrar e não gaguejar. Por mais nervosos que estejamos, devemos passar a tranqüilidade de dominar a situação.

O cliente quer poder olhar nos seus olhos e saber que pode confiar em você e que você resolverá seus problemas. A garota, quer poder olhar nos seus olhos e saber que pode confiar em você e que você a fará feliz.

Prepare-se então para essa situação. Desvenda os segredos do primeiro encontro. Entenda que é seu desempenho nessa hora que fará você ir além. Estude o cliente, saiba sobre seu negócio, apresente soluções para todas as suas questões .  E o mais importante, faça isso com toda a paixão que tiver, tanto por ela, quanto pela profissão! 

Ou então, contente-se apenas com o primeiro encontro...

 

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Uma aula de marketing político...


De dois em dois anos nos deparamos com um acontecimento nacional chamado ELEIÇÕES. Esse processo é onde nós, eleitores, escolhemos nossos chamados representantes para comandarem e gerirem nossas cidades, estados e nação.

As eleições, divididas entre Vereadores e Prefeitos e depois em Deputados, Senadores, Governadores e Presidente nos trazem às ruas centenas de mensagens sobre nossos candidatos falando um monte de blá-blá-blá, alguns até com certo sentido.

Cidades sujas de panfletos, cartazes, outdoor em todos os lugares públicos e nas grades de nossas casas. Uma poluição visual que conflita com todas as cotidianas mensagens publicitárias existentes.

Isso faz com que nós sejamos impactados com diversas mensagens diárias sobre projetos, falsas promessas, sorrisos de interesse e diversas outras coisas que, aliado ao nosso descrédito na política brasileira, se tornam dinheiro jogado fora.

É nesse buraco que nós, publicitários e marketeiros, entramos com nossa genialidade para transformar esses simples e mortais candidatos em verdadeiras potências da humanidade. A transformação do ser humano em produto e um trabalho de marca sensacional.

Alguns tentam fazer esse trabalho de forma agressiva, outros, de forma sábia. Sabemos que quem ganhou as últimas eleições presidenciais não foram os candidatos, mas seus marketeiros. Outros fazem campanhas com brilhantismo, o que acontece com a Campanha de Fernando Gabeira, candidato à prefeito da cidade do Rio de Janeiro.

Não vou falar do candidato em si, pois seria de opinião duvidosa, visto que é, disparado, meu candidato. Mas sim, de sua campanha pelo ponto de vista publicitário.

No início de sua campanha, ele prometeu: “Não irei sujar as ruas” e chegou ao segundo turno sem nenhum tipo de poluição visual pública. Seu investimento, que mesmo com as cifras altas, não chega nem perto das milionárias campanhas de marketing político, foi utilizado tão bem estrategicamente que seu resultado se comprova nas pesquisas eleitorais. É o objetivo sendo cumprido.

A utilização de ferramentas de marketing alternativas aproximou o candidato de seus eleitores de forma que, mesmo os críticos, estivessem em contato com sua campanha e projetos o tempo inteiro. A veiculação de filmes na TV, spots no Rádio e principalmente, a exploração das ferramentas na Internet, deixaram as claras todas as propostas de seu governo. Foram feitas comunidades no orkut, facebook, myspace, mensagens pelo Twitter (onde você acompanhava a campanha pelo celular), vídeos no YouTube (com recordes de acesso), site, blogs, fotologs, flickr, etc.

Trabalhar a imagem de um cidadão que faz política de modo profissional e passar a imagem de não ser um político profissional são méritos de sua equipe de marketing, lideradas pelo conceituado Lula Vieira, que, aprendendo com os erros do passado, construíram uma grande e valiosa marca para a cidade do Rio de Janeiro, sem precisar maquiá-la. Chama-se Fernando Gabeira.

Uma verdadeira aula de marketing político.

 

Ser publicitário...


Publicitário por profissão. Atendimento e Planejamento por escolha. É assim que me defino. E as pessoas me perguntam: Porque essa escolha?

Então, eu digo: Ser Atendimento, criação, planejamento, mídia, produção, rtvc ou qualquer um desses cargos, é ser publicitário. E ser publicitário é ser publicitário.

Muitos definem que publicitários são loucos e é verdade: somos loucos, mas os loucos mais sensatos que conheço. Fazemos poesia em forma de razão. Nossa literatura é feita de simples palavras. Nossos sonhos são baseados em estratégia. Somos loucos porque fugimos do normal. Porque queremos ser diferentes. E os loucos são diferentes. E nessa loucura vamos planejando, criando e principalmente, nos divertindo. Sim, porque temos que nos divertir, mesmo que o assunto seja muito sério. Afinal, somos loucos. E sansatos.

Vivemos de pão e circo, trabalho e festa, reuniões e prêmios, noites viradas e pizzas com coca-cola, almoço de negocio e rodízios de chopp. Vivemos entre o sim e o não, entre o certo e o errado, o real e o imaginário. Vivemos de migalhas e de luxo, de futuro e de presente. Vivemos entre a paciência e o limite, o êxtase e a raiva, entre pessoas e pessoas, clientes e clientes. E ainda dizem que não temos vida social.

Mas gostamos. Gostamos do que fazemos, amamos o nosso ofício. Falamos sobre propaganda no cafá da manhã, no almoço e na janta. Discutimos comerciais nas rodas de amigos e também nos seminários. Cantamos os jingles nos prêmios ou no carro voltando pra casa. Respiramos propaganda. Gostamos do que fazemos. Mais do que gostamos. Amamos o que fazemos. Falo por mim, por você, por todos os publicitários. A profissão é por escolha. Escolhemos ser publicitários. Não somos herdeiros de genes. Somos loucos, sensatos e escolhemos a publicidade, a propaganda.

Porque ser publicitário, é ser publicitário.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O Fantástico Mundo dos Animais na Propaganda


melhor amigo do homem é o cão. E da Publicidade? São vários. Elefantes, coelhos, jacarés, tigres, araras, ratinhos, cães e uma infinidade de amigos.

O uso de animais em propagandas parece dar certo. Muitas empresas utilizam desse artifício para agregar valor a marca. É natural do ser humano simpatizar com esses bichos que se tornam cada vez mais parte do nosso dia-a-dia.

Em determinados casos, os animais são representados em forma de mascote, principalmente quando tratamos de um target infantil. Em outros casos, são representados da sua forma mais natutral. Mas eles não estão ali a toa. Existe uma mensagem a ser transmitida.

Algumas marcas se tornaram referencias em suas categorias pelo fato de terem uma ligação com nossos fieis companheiros. Provavelmente, as marcas que utilizam personagens em sua comunicação visual são relembrados mais facilmente na mente do consumidor.

Eles tem uma comunicação forte com o público e uma presença grande em suas embalagens. Nunca deixam de anunciar uma promoção ou um novo produto. Transcendem ao papel de ilustração.

Quem não se lembra do Tony, o famoso tigre da KELLOOG’S. Um tigre, visto pelas crianças como referencia em saúde e força.  E do coelho da DURACEL, tocando seu bumbo com suas pilhas intermináveis. Temos também o elefante da CICA, a Arara do BR MANIA, o ratinho do BRADESCO. Aposto que ninguém esquece da Galinha Azul da MAGGI e do Frango da SADIA. Esse último, em alta nas propagandas atuais da marca.

As utilizações em forma natural ganham destaque quando lembramos dos mais famosos cães, que deixaram de ser mascotes para se tornarem raças. A raça Dachshund deixou de ser Dachshund para ser mais conhecida como cão da COFAP e a raça Westie deixou de ser Westie para ser o cachorro da IG.

Os animais também foram responsáveis pela Campanha considerada a preferida do público nos últimos anos, “Somos todos mamíferos”, da Parmalat. Uma campanha que deixou de ser uma campanha de Leite para ser uma campanha da Parmalat. Dois grandes artifícios foram utilizados, crianças e animais. A Parmalat teve um aumento de 14% para 94% de consumo. Uma Campanha que mudou a vida da comunicação do segmento.

E assim, os bichos vão fazendo história nas páginas da propaganda.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Sustentabilidade: Um por todos e cada um por si...


Talvez as empresas de hoje precisassem reviver a história escrita pelo francês Alexandre Dumas, o romance “Os três mosqueteiros”. Na história em questão, um jovem chamado D’Artagnan vai a Paris com o objetivo de se tornar membro do corpo de elite dos guardas do rei: os mosqueteiros. Em sua empreitada, conhece os três “inseparáveis” Athos, Phortos e Aramis. A serviço do Rei, D’Artagnain e os três mosqueteiros enfrentam desafios e aventuras, fazendo história com o lema “Um por todos e todos por um”.

Uma pena que isso tenha sido apenas um romance e esta longe de parecer a nossa realidade. Hoje em dia, o lema adotado pelas empresas é “Um por todos e cada um por si.”

Pensemos na palavra SUSTENTABILIDADE. Um conceito sistêmico que se propõe a ser uma forma de condicionar a sociedade humana a planejar e agir de forma a preencher o vazio causado pelas necessidades sócio-culturais-ambientais-econômicas do mundo em que vivemos. Essa forma de condicionar a sociedade humana esta baseada em quatro pilares: ser ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito.

Atualmente, os grandes protagonistas que se julgam ecologicamente corretos, economicamente viáveis, socialmente justos e culturalmente aceitos são as empresas, sejam elas pequenas, médias ou grandes. Ser uma empresa que se “preocupa” com a sociedade humana é legal. Bacana.

A questão é: Ser legal é se preocupar com o próximo ou atingir seus objetivos de fixar sua marca na mente do consumidor como uma empresa que faz pelo mundo (em outras palavras, o político que rouba, mas faz)?

Infelizmente, o fato é que a primeira opção é a mais utilizada, visto que, as empresas de hoje em dia estão muito preocupadas em serem reconhecidas como empresas do bem. Mas reconhecida por quem? Apenas por quem lhe interessa.

Hoje li uma nota no blog Razão Social que falava exatamente sobre essa percepção: Se temos tantas empresas preocupadas em ser do bem, se temos tantos projetos interessantes, seja ele de educação, saúde, meio ambiente, por que ainda temos tantos problemas nessas áreas? Por que o Governo não faz um “mutirão da sustentabilidade” e se une as grandes empresas para que a preocupação pública e privada façam jus a confiança que a sociedade humana deposita neles?

Os projetos hoje em dia são tão parecidos, tão iguais. Em sua maioria, se destinam às comunidades no entorno de seus negócios, sem buscar parcerias com outras empresas, sem buscar a chamada troca de conhecimento entre as partes. As empresas não percebem que só estão atingindo o seu entorno, minimizando assim, o potencial de alcance dos projetos e melhorando de verdade o mundo.

Esse cenário me faz pensar que há uma questão envolvida que faz com que essas mesmas empresas, politicamente corretas, fiquem cegas: o EGO.

Ou seja, é um por todos e cada um por si…

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Quando a Estética destrói a Ética



Como falar de um assunto tão delicado como ÉTICA, quando falamos principalmente de publicidade e propaganda? Quer dizer que a publicidade e a propaganda não são éticas? Não, não é isso que estou dizendo. Não vou generalizar por causa de meia dúzia (confesso que quase uma dúzia inteira) de babacas que se prestam ao ridículo de prostituir o mercado.

Não, não admito dizer que a publicidade não é ética. Ela é ética até onde pode, até onde deve, até onde não entra a estética.

Palavras semelhantes, mas com significados diferentes. Podemos até desmembrá-la para que possamos enquadrá-la ao tema abordado. Estética, significado belo de estudo das condições e dos efeitos da criação artística, estudo racional do belo, quer quanto à possibilidade de sua conceituação, quer quanto à diversidade de emoções e sentimentos que ele suscita no homem. Opa, aí a gente desmembra. Sentimentos que suscita no homem transforma-se em EX-t-ÉTICA, ou seja, a falta do estudo à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, já dizia nosso velho amigo, Aurélio.

Chato dizer, mas por mais que o CONAR ou qualquer outro conselho lute para que a publicidade seja ética e tenha moral para dizer alguma coisa, há um lado que podemos chamar de micro-bastidores que se confunde com a política de nosso senado, de nosso governo.

Se fizermos uma comparação, imagine quantas CPIs teríamos que abrir para concluírmos que a Publicidade e a Propaganda não se engloba nas más faladas estruturas trabalhistas? Quantos mandados de busca teríamos que emitir para buscar as irregularidades dos acordos de mídia, dos bvs de produção? Além disso, iremos concluir também, que existem “maus” publicitários que só se preocupam com a Estética, seja do portifólio, com a conquista de uma grande marca (e a perda de uma grande margem de lucro), seja com a estética de uma conta bancaria gorda e uma conta de caráter magra.

E sendo assim, a Estética destrói a Ética.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

A Propaganda é um vírus...




A propaganda é um vírus. Espalhada por todos os lugares. A propaganda é daquelas que vem, junta, monta, constrói tudo aquilo que alguém criou. A propaganda levanta. A propaganda sacode. Ela deixa tudo mais difícil, mais complicado. Ela se infesta. Você começa gostando um pouquinho e daqui a pouco só pensa em propaganda.

Está espalhado. Infectado. A propaganda é um vírus, sem direito a vacina. Sem direito a anticorpos. Sem direito a escolha, sem direito a cura. A propaganda é epidemia. Que pega todo mundo. Mas não se infecta pelo ar. A propaganda se passa no olhar, no ouvir, no sentir. A propaganda vem como o vento, voando, e vai embora como a brisa, lentamente. A propaganda é vento. A propaganda é furacão. Furacão que carrega tudo, carrega a esperança, carrega a busca da felicidade.

A propaganda passa por cima. Mas a propaganda não passa. Ela fica. A propaganda fica. Fica por que quer, fica quando não se quer. Inunda a alma, como a chuva que cai mais forte. Depois da propaganda, a tempestade, sem calmaria. A propaganda constrói. Constrói o homem, constrói a mulher, constrói a marca. E o homem e a mulher constroem a propaganda.

A propaganda é um vírus. Que começa no coração, vai para a mente e se infiltra na alma. A propaganda não acaba. A propaganda não se repete. A propaganda não se esquece. Vive-se de propaganda. Por propaganda. Não se vive fisicamente, mas rejuvenesce a alma. O fim da propaganda mata a alma. Não se quer mais amar, não se quer mais viver. A propaganda vive. Ela se planta. A propaganda se colhe. Ela queima. A propaganda ferve. A propaganda não enche. A propaganda enche. Enche sua cabeça de pensamentos. Enche seu coração de sentimentos. A propaganda é irreal. O que é a propaganda?

A propaganda é um vírus...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Uma questão de lógica



Não estou aqui para criticar, nós, publicitários. Muito menos para falar mal de nossa classe. Mas sim fazer um alerta: até que ponto temos responsabilidade sobre o antimarketing provocado por diversas empresas?

No meu ponto de vista, os publicitários, marketeiros e afins são responsáveis por manter uma MARCA em eterna ascensão. Isso vai desde o endomarketing a eventos mega-ultragrandes. Trabalhamos duro, arduamente para conquistar cada consumidor para nossos clientes, mantendo um atendimento de qualidade, uma boa apresentação e principalmente um relacionamento pré e pós-vendas inigualável. Que maravilha! Tudo o que o consumidor podia esperar de uma empresa. Mas e quando nos tornamos consumidor dessas empresas?

Aí é que mora o problema. Antes de publicitários e marketeiros, somos, acima de tudo, consumidores. E não escapamos disso. Nesse momento, percebemos as burradas e trapalhadas que as empresas prestam. E até que ponto entra a nossa responsabilidade?

Digo isso, sem a intenção de dizer que somos responsáveis, mas já cansei de me pegar dizendo que aquela empresa de telefonia que esta dominando o Brasil e que mudou os orelhões da cidade do Rio, patrocina os maiores atletas, realiza os maiores eventos, possui banda larga, telefonia móvel e uma série de outras coisas esta praticando, incansavelmente, ANTIMARKETING. E aquela empresa responsável por grande parte das assinaturas de canais fechados e que estampa e bate no peito dizendo que o mundo é deles. Opa, ANTI o que? MARKETING?


Então nós temos alguma coisa a ver com essa história.
Quer dizer então que fazemos tudo para conquistar os consumidores, e deixamos que as empresas façam tudo para perdê-los? É o mesmo que roubar a bola e entregá-la ao adversário!


Muitos de nós passam por agências, vão para clientes, pulam pra fornecedores e voltam pra agências. Sabemos que, indiretamente, nossas opiniões, mesmo que muitas vezes não praticadas, são válidas. E que sempre param para nos ouvir.

E por isso devemos prestar mais atenção nos detalhes. Prestar atenção no que nossos clientes estão fazendo. Lutamos tanto para construir uma idéia na mente do consumidor, mostrando que a marca é confiável para logo depois, a própria empresa mudar a opinião deles. É melhor nos atentarmos a isso, ou ficaremos sempre ouvindo que o problema é o antimarketing. É tudo uma questão de lógica...

Em defesa do Coelho



Já pensou em combinações que não existiriam sem suas companhias? Estou falando de Romeu e Julieta, de queijo e goiabada, de arroz e feijão. Já imaginou Natal sem o Papai Noel? Halloween sem bruxas e carnaval sem samba? Pois é, me sinto preocupado. Também não imagino a páscoa sem o desejo do chocolate e muito menos, a páscoa sem o Coelho.

E o que representa o nosso Coelho? Até então ele representava a farta tradição de chocolates. O símbolo maior das crianças. Mas o nosso personagem esta perdendo as forças. Hoje, chocolate é só chocolate. E o Coelho, é só um coelho.

Para a criançada, o que importa são os BEE’s, o Quarteto, figuras do Speed Racer,

a turma dos Simpsons, Garfield, Batman e todos os personagens criados pelo cinema. E o coelho, é só mais um coelho.

É ai que mora a minha preocupação. O chocolate virou apenas uma desculpa para vender artigos que vão de carrinhos miniaturas até games eletrônicos. E o coelho deixou de ser o mascote para ser o garoto-propaganda de outros personagens.

Há semanas entramos em estabelecimentos comerciais e vemos verdadeiros túneis de ovos de páscoa e quando vamos procurar pelo nosso chocolate preferido, onde está? O que vemos são Shreks, Barbies, Hello Kittys e Smiles. Se procurarmos, é lógico que ainda encontramos o Chocolate ao Leite, o Talento, o Ferrero Rocher, mas estou preocupado com o Coelho.

Por que será que precisamos apelar para esse tipo de estratégia para conquistar nosso consumidor? Será que a propaganda deixou de ser criativa? Eu duvido muito. A Páscoa já não tem mais a sua luz, sua religiosidade, sua alegria e o seu charme. É apenas uma oportunidade de negócio. E o coelho é apenas um coelho.

Boa Páscoa a todos.

Gentileza gera Gentileza, na publicidade isso é uma proeza

A máxima do profeta carioca, José Datrino, vulgo Profeta Gentileza, parece ter perdido sua poesia no meio publicitário.

Enquanto o povo faz a sua parte, abraçando a causa num movimento de pró-civilidade de tirar o chapéu, na publicidade em geral, a gentileza que gera gentileza se torna uma mão que lava a outra. Bonito passar pela orla de Copacabana e ver uma faixa estendida ou mesmo um escultor de areia aderindo a moda. Bonito ver nos adesivos de carro a força do povo carioca exaltada por pura gratidão.

Mas nós, publicitários, temos que conviver com tamanha falta de gentileza. As concorrências se prostituíram. As agências se corromperam. Vejo nos bastidores da corrupção, uma classe de clientes que não se preocupam com as belas esculturas do layout ou mesmo na deslumbrante negociação de mídia. A resposta é direta. Quanto repassa!? Quanto volta? 20% é absurdo.

Gentileza gera gentileza. A agência cobra 10% e o cliente fecha o negocio. E essa tal gentileza gera falência, daqueles que lutam para fazer da publicidade uma arte de se comunicar.

Somos nós os conhecedores de comunicação, nós temos a beleza de anunciar, nós temos a delicadeza de despertar a atenção dos consumidores e a agressividade de aumentar as vendas e lavamos as mãos a troco de alguns míseros?

Voltemos a verdadeira identidade que o profeta quis trazer e façamos uma gentileza. Vamos trazer de volta a dignidade de ser publicitário.

Descubra a arte de viver...

Todos nós, publicitários, buscamos sempre a melhor maneira de transmitir uma mensagem, uma idéia, um conceito, um estilo, ou seja lá o que for para nossos consumidores. Fazemos eles acreditarem e admirarem nossas marcas. Mas e quanto a nós? Será que acreditamos naquilo que vendemos? Será que nossas marcas falam por nós?
Think Diferent. Como se fosse a primeira vez que estivesse olhando para um layout estampado em um frontlight bem na esquina da sua casa. O que você sente? Talvez uma energia que dá gosto, ou quem sabe um raro prazer. Pense, será que você, quando se levantou de manhã, percebeu que o melhor plano de saúde é viver? O que será daqui pra frente? Qual será o seu próximo passo?
Acredite, passamos o tempo todo preocupados em fazer com que o consumidor nos veja como a solução para seus problemas, e nem percebemos que nossa vida esta passando. Descubra a arte de viver. Um sentimento gostoso como a vida deve ser. Curta, sinta, veja, trace e escreva seu futuro com ph e com todas as outras letras que tem direito.
Sorria. Mas sorria pra valer, não porque esta sendo filmado. Sorria para o mundo. Aproveite os momentos, as oportunidades, as melhores coisas da vida. Crie. Invente. Improvise. Ande, corra, pois eu quero ver você não chorar, não olhar pra trás, nem se arrepender do que faz.
Busque sempre seus objetivos. Afinal, o que importa é você reconhecido, você feliz. É claro que você tem mais motivos para ser feliz do que ficar vagando por aí. Então, pense diferente. Desperte o tigre que há em você.
Nós publicitários, somos movidos pela paixão de fazer sempre o melhor. O Mundo é de quem faz. Isso sim é diversão. Se você nasceu para voar, voe. Mas voe do jeito que você pensa. Mude. Mudar faz parte da vida. É interessante viver sem fronteiras. É interessante descobrir um, dois, sete mares. Por que isso é mais do que voar. Porque a vida é agora. Por que é você em primeiro lugar. Dê férias para os seus pés. Seja Completo. Afinal, tudo isso é para uma vida mais gostosa. E agora, o que você sente?
A gente se vê por ai.

G.R.E.S. Acadêmicos da Publicidade



O abram alas que eu quero passar. O G.R.E.S. Acadêmicos da Publicidade vem passando pela avenida. A Publicidade é uma cachaça e se você pensa que cachaça é água, cachaça não é agua não. A cachaça vem do alambique, a água do ribeirão e a criatividade sabe-se lá de onde.
Nossa escola é grande, com muitos componentes, estagiários e publicitários, e nesse ano tenho certeza de que faremos nosso melhor desfile. Tudo pronto para o espetáculo, o nosso Rei Momo, o Rei Galo.
Damos inicio a nossa corrida pelo título ainda na concentração, onde todas as pesquisas e informações sobre os clientes são geradas. Ao toque da sirene, entramos em reunião com o nosso jurado, nosso cliente. E ai, damos inicio a realização de todo um trabalho.
A Comissão de Frente é o pessoal do Atendimento e Planejamento, que também buscam a nota maxima no quesito Enredo, pois quando saímos dessa reunião, definimos a criação artística de um tema ou conceito. É avaliado o argumento (idéia básica apresentada pelo cliente), o roteiro, a capacidade de compreensão e a capacidade de criação.
A Criação define o samba-enredo, adequando as letras, imagens, símbolos e “etceteras” ao enredo, agregando riqueza poética e bom gosto, clareza na transmissão da mensagem. É por conta da criação também os quesitos alegoria e adereços, dando significado criativo a todos os elementos que compoe uma campanha.
Os jurados estão de olho no pessoal da produção, responsável pelo quesito fantasias, afinal, são eles que transformam em audio ou visual aquilo que o enredo quer passar. A Harmonia da escola fica por conta do pessoal do tráfego, que por sua vez, se responsabiliza pelo entrosamento, a perfeita igualdade na linguagem dos profissionais, não deixando haver divergencia entre os componentes e os objetivos e principalmente, não deixando estourar o tempo, ops, o prazo.
O quesito Evolução tem a sua importância, assim como a Mídia, que fica com a progressão da campanha de acordo com o ritmo dos resultados. Para agradar ao jurado, a mídia avalia a fluência da estratégia traçada, a manutenção de marca, as oportunidades de inserts, a agilidade na divulgação.
Não poderia deixar de mencionar o quesito mais respeitado, a diretoria, quer dizer, a bateria. Esses componentes são os que inovam, que improvisam, que ditam o ritmo da escola. Um espetáculo voltado para nossa plateia, o consumidor.
Ao final de nosso desfile, ou nossa campanha, esperamos ouvir a seguinte frase dos jurados, que se chama cliente: Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos da Publicidade, DEZ NOTA DEZ!!!

O Estágio pelo lado bom



Nunca esquecemos o nosso primeiro estágio e, na maioria das vezes, ele nos diz se o que estamos fazendo é o que queremos para nossas vidas. Afinal, todos nós fomos estagiários um dia.


O sonho é possível. Sempre. O mercado tem espaço para muitos, porém, apenas para os melhores. Se você é do tipo que procura estágio para depois das férias ou então que acha que estagiário foi feito para cumprir horário, uma dica: Concurso Público e pare de ler aqui. Mas para você que pensa como eu, que o estágio é a porta de entrada para o mercado e que seu desempenho pode influênciar diretamente na sua carreira profissional, continue lendo esse texto.

O estágio é o primeiro degrau de uma carreira de sucesso. A máxima de que estagiário é escraviário pode ter seu lado bom, afinal, quem trabalha e quem corre atrás ganha espaço mais rápido (abaixo aos maus patrões).

O que todos os profissionais procuram em um estagiário (inclusive eu) é a pró-atividade. Ser pró-ativo e se mostrar sempre prestativo (até para as coisas mais banais) já é um ponto positivo. Saiba como, onde e quando se colocar, ofereça ajuda a todos, esteja sempre disposto a aprender e pergunte, pergunte tudo o que tiver dúvida (mesmo que se sinta com a Síndrome de Jack Malone, como disse, muito bem, nosso amigo Rafael Amaral).

Leia, leia muito. Leia blogs publicitários, são ótimas fontes de informação. Um exemplo é o Atendimento Publicitário, para os atendimentos de plantão. Leia sites de notícias (Meio&Mensagem, Janela, BlueBus, CCRJ, GAPRJ) e de jornais, e não deixe de ficar antenado as campanhas que estão pelas ruas, sejam em mídias tradicionais, sejam em mídias alternativas.
Livros são sempre produtivos. Alguns como Criação sem Pistolão, O Livro Azul da Propaganda e Tudo o que você queria saber sobre propaganda e ninguém teve paciência para explicar são leituras garantidas. Uma ótima dica, principalmente para os criativos, é o Manual do Estagiário, de Eugênio Mohallen, disponível no CCSP (www.ccsp.com.br).

Veja o estágio como uma escola, não teórica, mas prática. Talvez, nós mesmos, profissionais, seremos eternos estagiários, pois ficaremos com a constante busca de metas a serem alcançadas.


Pense nisso e boa sorte!

Convergência de Mídia: saiba o que é e aproveite o embalo



Muito prazer! Leitores do Casa do Galo e colaboradores da casa, muito prazer. A partir de hoje passarei a colaborar com a equipe da Casa do Galo com artigos que possam trazer alguma informação útil para vocês, leitores, e também para vocês, colegas de trabalho. Espero poder escrever tão bem quanto os atuais colaboradores, que muito já me ensinaram com suas mensagens postadas e torço para que seu conhecimento não só cresça, mas também o ajude em sua jornada.

Para esse meu primeiro artigo, passei minha semana de recesso pensando no que escrever. Alguns temas foram surgindo na minha cabeça, porém, nada que me desse segurança ao ponto de estar trazendo algo de interessante. Percebi então que tudo o que é novidade já é passado.

Pensei em falar sobre o Displax, uma mídia inventada em 2004 que eu acho sensacional, mas temi que meu assunto ficasse ultrapassado demais. Pensei também em falar um pouco sobre as perspectivas, já que estamos iniciando um ano, da TV Digital, ou o que ela pode trazer de bom para nossa publicidade. Esse não é um assunto ultrapassado, mas sim, batido. Até o porteiro do meu prédio (e nada contra a classe, aliás, excelentes fontes de informação) já sabe da TV digital. Não vai ser novidade para vocês. Foi ai que, já em meu estado de desespero, e com uma certa ajuda, resolvi falar sobre Convergência de Mídia. Ultrapassado? Jamais. Batido? Eu diria que não, já que hoje em dia tudo está sendo utilizado como mídia.

Ao contrário do que muitos pensam, Convergência de Mídia não significa utilizar de vários meios digitais para uma mesma campanha. O consumidor não verá anúncios em série e nem está participando de um grande quebra-cabeça.
Convergência de Mídia – como o próprio nome sugere – é fazer com que o consumidor saia das mídias ditas tradicionais e vá em direção as novas mídias: internet, celular etc. Mas como fazer isso? Como fazer com que o leitor do Globo deixe de folhear o jornal para abrir janelas e pop-ups? Como chamar a atenção do consumidor se ele está a todo momento sendo bombardeado de informação e propaganda? Esse é o desafio. Com a atual tecnologia, o consumidor fica na sala vendo TV, com o celular ligado ao lado e no colo, um notebook. Enquanto ele assiste a um programa de TV, está ali, o tempo todo conectado (como uma rede wireless, lógico) e de um comercial para outro, sempre aproveita para mexer no celular, ou navegar em algum site. Aí, de repente, surge um comercial na TV com uma promoção que tem acesso pela web. Qual a probabilidade desse consumidor, que está ali, com o notebook no colo, entrar no site e ter o contato com a marca?
Acabou de acontecer um fato curioso, minha amiga de trabalho possui um Palm da
Claro, e recebeu um SMS dizendo: “Na Claro, você fica sabendo das novidades, vantagens e promoções por torpedo. Responda SIM ou NÃO e confirme se deseja receber estes avisos por Torpedo“. Ao responder, minha amiga, imediatamente, recebeu uma outra mensagem avisando que ela, a partir de agora, estava apta a receber as novidades, promoções e PUBLICIDADE!!!!! As empresas já estão se aproveitando de nossa mobilidade! Quem consegue ser mais criativo?

Um grande abraço a todos.