quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Quando a Estética destrói a Ética



Como falar de um assunto tão delicado como ÉTICA, quando falamos principalmente de publicidade e propaganda? Quer dizer que a publicidade e a propaganda não são éticas? Não, não é isso que estou dizendo. Não vou generalizar por causa de meia dúzia (confesso que quase uma dúzia inteira) de babacas que se prestam ao ridículo de prostituir o mercado.

Não, não admito dizer que a publicidade não é ética. Ela é ética até onde pode, até onde deve, até onde não entra a estética.

Palavras semelhantes, mas com significados diferentes. Podemos até desmembrá-la para que possamos enquadrá-la ao tema abordado. Estética, significado belo de estudo das condições e dos efeitos da criação artística, estudo racional do belo, quer quanto à possibilidade de sua conceituação, quer quanto à diversidade de emoções e sentimentos que ele suscita no homem. Opa, aí a gente desmembra. Sentimentos que suscita no homem transforma-se em EX-t-ÉTICA, ou seja, a falta do estudo à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, já dizia nosso velho amigo, Aurélio.

Chato dizer, mas por mais que o CONAR ou qualquer outro conselho lute para que a publicidade seja ética e tenha moral para dizer alguma coisa, há um lado que podemos chamar de micro-bastidores que se confunde com a política de nosso senado, de nosso governo.

Se fizermos uma comparação, imagine quantas CPIs teríamos que abrir para concluírmos que a Publicidade e a Propaganda não se engloba nas más faladas estruturas trabalhistas? Quantos mandados de busca teríamos que emitir para buscar as irregularidades dos acordos de mídia, dos bvs de produção? Além disso, iremos concluir também, que existem “maus” publicitários que só se preocupam com a Estética, seja do portifólio, com a conquista de uma grande marca (e a perda de uma grande margem de lucro), seja com a estética de uma conta bancaria gorda e uma conta de caráter magra.

E sendo assim, a Estética destrói a Ética.

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