quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O Fantástico Mundo dos Animais na Propaganda


melhor amigo do homem é o cão. E da Publicidade? São vários. Elefantes, coelhos, jacarés, tigres, araras, ratinhos, cães e uma infinidade de amigos.

O uso de animais em propagandas parece dar certo. Muitas empresas utilizam desse artifício para agregar valor a marca. É natural do ser humano simpatizar com esses bichos que se tornam cada vez mais parte do nosso dia-a-dia.

Em determinados casos, os animais são representados em forma de mascote, principalmente quando tratamos de um target infantil. Em outros casos, são representados da sua forma mais natutral. Mas eles não estão ali a toa. Existe uma mensagem a ser transmitida.

Algumas marcas se tornaram referencias em suas categorias pelo fato de terem uma ligação com nossos fieis companheiros. Provavelmente, as marcas que utilizam personagens em sua comunicação visual são relembrados mais facilmente na mente do consumidor.

Eles tem uma comunicação forte com o público e uma presença grande em suas embalagens. Nunca deixam de anunciar uma promoção ou um novo produto. Transcendem ao papel de ilustração.

Quem não se lembra do Tony, o famoso tigre da KELLOOG’S. Um tigre, visto pelas crianças como referencia em saúde e força.  E do coelho da DURACEL, tocando seu bumbo com suas pilhas intermináveis. Temos também o elefante da CICA, a Arara do BR MANIA, o ratinho do BRADESCO. Aposto que ninguém esquece da Galinha Azul da MAGGI e do Frango da SADIA. Esse último, em alta nas propagandas atuais da marca.

As utilizações em forma natural ganham destaque quando lembramos dos mais famosos cães, que deixaram de ser mascotes para se tornarem raças. A raça Dachshund deixou de ser Dachshund para ser mais conhecida como cão da COFAP e a raça Westie deixou de ser Westie para ser o cachorro da IG.

Os animais também foram responsáveis pela Campanha considerada a preferida do público nos últimos anos, “Somos todos mamíferos”, da Parmalat. Uma campanha que deixou de ser uma campanha de Leite para ser uma campanha da Parmalat. Dois grandes artifícios foram utilizados, crianças e animais. A Parmalat teve um aumento de 14% para 94% de consumo. Uma Campanha que mudou a vida da comunicação do segmento.

E assim, os bichos vão fazendo história nas páginas da propaganda.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Sustentabilidade: Um por todos e cada um por si...


Talvez as empresas de hoje precisassem reviver a história escrita pelo francês Alexandre Dumas, o romance “Os três mosqueteiros”. Na história em questão, um jovem chamado D’Artagnan vai a Paris com o objetivo de se tornar membro do corpo de elite dos guardas do rei: os mosqueteiros. Em sua empreitada, conhece os três “inseparáveis” Athos, Phortos e Aramis. A serviço do Rei, D’Artagnain e os três mosqueteiros enfrentam desafios e aventuras, fazendo história com o lema “Um por todos e todos por um”.

Uma pena que isso tenha sido apenas um romance e esta longe de parecer a nossa realidade. Hoje em dia, o lema adotado pelas empresas é “Um por todos e cada um por si.”

Pensemos na palavra SUSTENTABILIDADE. Um conceito sistêmico que se propõe a ser uma forma de condicionar a sociedade humana a planejar e agir de forma a preencher o vazio causado pelas necessidades sócio-culturais-ambientais-econômicas do mundo em que vivemos. Essa forma de condicionar a sociedade humana esta baseada em quatro pilares: ser ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito.

Atualmente, os grandes protagonistas que se julgam ecologicamente corretos, economicamente viáveis, socialmente justos e culturalmente aceitos são as empresas, sejam elas pequenas, médias ou grandes. Ser uma empresa que se “preocupa” com a sociedade humana é legal. Bacana.

A questão é: Ser legal é se preocupar com o próximo ou atingir seus objetivos de fixar sua marca na mente do consumidor como uma empresa que faz pelo mundo (em outras palavras, o político que rouba, mas faz)?

Infelizmente, o fato é que a primeira opção é a mais utilizada, visto que, as empresas de hoje em dia estão muito preocupadas em serem reconhecidas como empresas do bem. Mas reconhecida por quem? Apenas por quem lhe interessa.

Hoje li uma nota no blog Razão Social que falava exatamente sobre essa percepção: Se temos tantas empresas preocupadas em ser do bem, se temos tantos projetos interessantes, seja ele de educação, saúde, meio ambiente, por que ainda temos tantos problemas nessas áreas? Por que o Governo não faz um “mutirão da sustentabilidade” e se une as grandes empresas para que a preocupação pública e privada façam jus a confiança que a sociedade humana deposita neles?

Os projetos hoje em dia são tão parecidos, tão iguais. Em sua maioria, se destinam às comunidades no entorno de seus negócios, sem buscar parcerias com outras empresas, sem buscar a chamada troca de conhecimento entre as partes. As empresas não percebem que só estão atingindo o seu entorno, minimizando assim, o potencial de alcance dos projetos e melhorando de verdade o mundo.

Esse cenário me faz pensar que há uma questão envolvida que faz com que essas mesmas empresas, politicamente corretas, fiquem cegas: o EGO.

Ou seja, é um por todos e cada um por si…

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Quando a Estética destrói a Ética



Como falar de um assunto tão delicado como ÉTICA, quando falamos principalmente de publicidade e propaganda? Quer dizer que a publicidade e a propaganda não são éticas? Não, não é isso que estou dizendo. Não vou generalizar por causa de meia dúzia (confesso que quase uma dúzia inteira) de babacas que se prestam ao ridículo de prostituir o mercado.

Não, não admito dizer que a publicidade não é ética. Ela é ética até onde pode, até onde deve, até onde não entra a estética.

Palavras semelhantes, mas com significados diferentes. Podemos até desmembrá-la para que possamos enquadrá-la ao tema abordado. Estética, significado belo de estudo das condições e dos efeitos da criação artística, estudo racional do belo, quer quanto à possibilidade de sua conceituação, quer quanto à diversidade de emoções e sentimentos que ele suscita no homem. Opa, aí a gente desmembra. Sentimentos que suscita no homem transforma-se em EX-t-ÉTICA, ou seja, a falta do estudo à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, já dizia nosso velho amigo, Aurélio.

Chato dizer, mas por mais que o CONAR ou qualquer outro conselho lute para que a publicidade seja ética e tenha moral para dizer alguma coisa, há um lado que podemos chamar de micro-bastidores que se confunde com a política de nosso senado, de nosso governo.

Se fizermos uma comparação, imagine quantas CPIs teríamos que abrir para concluírmos que a Publicidade e a Propaganda não se engloba nas más faladas estruturas trabalhistas? Quantos mandados de busca teríamos que emitir para buscar as irregularidades dos acordos de mídia, dos bvs de produção? Além disso, iremos concluir também, que existem “maus” publicitários que só se preocupam com a Estética, seja do portifólio, com a conquista de uma grande marca (e a perda de uma grande margem de lucro), seja com a estética de uma conta bancaria gorda e uma conta de caráter magra.

E sendo assim, a Estética destrói a Ética.