segunda-feira, 7 de abril de 2008

Em defesa do Coelho



Já pensou em combinações que não existiriam sem suas companhias? Estou falando de Romeu e Julieta, de queijo e goiabada, de arroz e feijão. Já imaginou Natal sem o Papai Noel? Halloween sem bruxas e carnaval sem samba? Pois é, me sinto preocupado. Também não imagino a páscoa sem o desejo do chocolate e muito menos, a páscoa sem o Coelho.

E o que representa o nosso Coelho? Até então ele representava a farta tradição de chocolates. O símbolo maior das crianças. Mas o nosso personagem esta perdendo as forças. Hoje, chocolate é só chocolate. E o Coelho, é só um coelho.

Para a criançada, o que importa são os BEE’s, o Quarteto, figuras do Speed Racer,

a turma dos Simpsons, Garfield, Batman e todos os personagens criados pelo cinema. E o coelho, é só mais um coelho.

É ai que mora a minha preocupação. O chocolate virou apenas uma desculpa para vender artigos que vão de carrinhos miniaturas até games eletrônicos. E o coelho deixou de ser o mascote para ser o garoto-propaganda de outros personagens.

Há semanas entramos em estabelecimentos comerciais e vemos verdadeiros túneis de ovos de páscoa e quando vamos procurar pelo nosso chocolate preferido, onde está? O que vemos são Shreks, Barbies, Hello Kittys e Smiles. Se procurarmos, é lógico que ainda encontramos o Chocolate ao Leite, o Talento, o Ferrero Rocher, mas estou preocupado com o Coelho.

Por que será que precisamos apelar para esse tipo de estratégia para conquistar nosso consumidor? Será que a propaganda deixou de ser criativa? Eu duvido muito. A Páscoa já não tem mais a sua luz, sua religiosidade, sua alegria e o seu charme. É apenas uma oportunidade de negócio. E o coelho é apenas um coelho.

Boa Páscoa a todos.

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